Deaf Forever é nossa coluna mensal sobre metal que considera os melhores lançamentos em black, death, power, black sueco, speed e todos os outros gêneros de metal que você puder nomear.
Foreseen: Grave Danger (20 Buck Spin)
Se o Power Trip é como o Metallica — a legião à frente do novo thrash — então o Foreseen de Helsinki é mais como o Slayer: menos comercial e mais selvagem. Sim, se você acha que o Power Trip é um pouco polido demais, vai curtir bastante o Grave Danger, o segundo álbum do Foreseen. Eles estão sempre à beira de desmoronar completamente pela velocidade que tocam, e essa margem fina de controle empresta ainda mais perigo. Quanto abuso uma alavanca Floyd Rose pode aguentar? Este disco testa esses limites, com solos que são complementares apenas em seu completo caos. O metal finlandês é melhor exemplificado por simplesmente ser tão exótico — veja os vocais ultrabaixos do death metal do Demilich e o black metal bem fora da caixa do Circle of Ouroborus como dois exemplos — e, enquanto o Foreseen não está na vanguarda, a dedicação à velocidade punitiva a qualquer custo coloca-o nos limites extremos do thrash. Mirko Nummelin é tanto um latidor hardcore quanto um sargento, e o som menos desleixado de Danger em comparação ao seu antecessor, Helsinki Savagery, te coloca mais próximo ao seu rosnado do que nunca. Ele é mais imponente nas faixas mais rápidas do álbum, que também são as que abrem e fecham: “Violent Discipline” e “Suicide Bomber” são sufocantes na maneira como ele domina. É um álbum que pergunta constantemente: quanto você pode aguentar? Você poderia dizer isso sobre muitos discos nesta coluna, mas Danger é mais extremo do que seus riffs deliciosamente mosháveis sugerem.
(Para os leitores do Texas: estarei nos shows do Foreseen em San Antonio e Austin nos dias 5 e 6 de Maio, respectivamente. Chega mais pra dar um oi! Você especialmente não pode perder o show de San Antonio, com Graven Rite, que contará com o vocalista do Eternal Champion, Jason Tarpey, e Expander como abertura.)
Iconoclasm: Iconoclasm EP (Horror Gore Pain Death)
O Iconoclasm de Austin é um trio de universitários que está fazendo um thrash que já está no mesmo nível de qualidade dos mencionados Foreseen e Power Trip. Embora o material de seu EP auto-intitulado possa ser encontrado no LP auto-intitulado de 2015 e no EP Out For Blood do ano passado, é uma amostra excelente de quão longe eles já chegaram. Sendo do Texas, eles são obviamente os filhos espirituais do D.R.I., especialmente em “Above The Law” e “Executive Compensation,” ambas tão rápidas que exigem ouvi-las várias vezes só de puro espanto. “Out For Blood” parece tirada diretamente de Reign in Blood, se Jeff Hanneman fosse ainda mais aficionado pelo crossover. Há uma coesão que eles desenvolveram que leva a maioria das bandas a alcançar após a maioridade, com uma energia que vem de começar com amplificadores combo. Não estou incentivando ninguém a sair da escola, mas esses caras precisam se apressar e se formar para que possam estourar e entrar em turnês incríveis! Se eles mandam tão bem agora, imagine o que acontecerá em alguns anos. O Noisem deve se sentir como anciãos agora.
Extremity: Extremely Fucking Dead (20 Buck Spin)
Uma das maiores perdas para a música do ano passado, que não envolveu morte, foi a separação do Agalloch, o quarteto de Portland que fazia um dos black metals mais de tirar o fôlego por aí. John Haughm seguiu em frente com o Pillorian, e embora seja bom, ficou aquele gostinho de quero mais. O resto da banda se reformou como Khôrada, mas o baterista Aesop Dekker nunca foi do tipo que se prende a uma única banda, já que ele também ajudou a formar o quarteto de death metal de Oakland Extremity logo após o fim do Agalloch. Eles são um gigante da Bay Area, contando também com o guitarrista Shelby Lermo do Vastum, a guitarrista Marissa Martinez do Cretin, e a baixista Erika Osterhout do Necrosic e Scolex. A sujeira da Bay Area do Autopsy deixou sua marca neles, e é certamente mais suja do que muitos discos de adoração ao old school. Dá para sentir o funk pelo Dekker soltando sua herança punk, e como ele é originalmente da terra natal do death metal, a Flórida, ele sabe como trabalhar nesse contexto. Há também muito Carcass, tanto na influência do grind quanto nos solos — o final de “Crepuscular Crescendo” é total Heartwork, e “Bestial Destiny” é pura parceria Amott-Steer de Lermo e Martinez. Além disso, imagine “Fatal Immortality” por um minuto. Como a imortalidade pode ser fatal? O death metal é demais, mesmo — especialmente — quando não faz sentido.
Andy O’Connor heads SPIN’s monthly metal column, Blast Rites, and also has bylines in Pitchfork, Vice, Decibel, Texas Monthly and Bandcamp Daily, among others. He lives in Austin, Texas.
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