Honestamente, eu não lembro muito da aula de saúde do ensino médio, mas sempre tive uma fascinação mórbida pelos procedimentos dos socorristas. Gostava da ideia de existir um processo padrão para seguir se tudo estivesse literalmente pegando fogo. Ainda lembro que, se você encontrar alguém, deve verificar a cena, chamar os socorristas e cuidar da vítima. Sempre desejei que houvesse um equivalente para situações mentais, emocionais e sociais complicadas – uma rotina padrão que todos seguíssemos para entender uns aos outros, prevenir e reparar os danos que nem sempre podemos ver. A arte pode ser o mais próximo que temos disso. Artistas observam a cena, recorrem a volumes de histórias e pessoas para se inspirar e responder, e cuidam de todos nós com o que criam.
Diante do iminente estresse político e social que está por vir, eu não acho que a arte vai ficar “melhor” assim como minha avó não poderia tricotar um cobertor melhor com um dos braços cortado e em chamas. Mas a necessidade vai aumentar, a sede vai se intensificar. 2017 vai ser complexo, estressante, cheio de medo, mas talvez bonito às vezes. Talvez a gente cresça. Todos vamos nos voltar para a música para lutar, dançar e rir, para lutar, para aprender com ela. Aqui está uma playlist de músicas que o mundo já nos deu para levar para 2017 e desenterrar quando precisar:
Amileah Sutliff é uma escritora, editora e produtora criativa baseada em Nova York e editora do livro The Best Record Stores in the United States.
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