Eu acho que é verdade o que Margaret disse sobre como um verão inteiro pode acontecer em uma hora e se abrir sobre nós como uma tempestade. Tão repentino em sua maravilha, e estranho. O piano flutuando sem peso acima do piso. A bagunça de xícaras na cozinha. O vento lavando por ondas pelas árvores e, mais tarde, os grilos sussurrando seus lembretes para estar aqui, agora.
O verão tem seu jeito, não tem? De fazer olhos e nos deixar ao lado de nós mesmos. De trazer tudo o que precisamos no seu devido tempo. De nos fazer sonhar novamente e não manter as coisas simples. E se for verdade que todos nós devemos um dia partir dessa grande beleza da qual estamos caindo, então que isso seja o começo daquela doce vida eterna cujo som é o mesmo que os dias à beira do lago, e cães cansados do calor felizes na varanda, e alguém chamando nosso nome ao descer a colina. E que possamos entrar, embora possamos tremer.