Isso é para as wallflowers que estavam sentindo demais. Para as mães solteiras que trabalham em turnos e ainda buscam uma muleta. Para o trem de carga gritando a três condados de distância, e para os avôs de queixo de algodão que ainda estão tentando ficar sóbrios. Para os pregadores de esquina e seus salmos em spray. Para as estradas com olhos famintos, e nossas esmolas de dois centavos. Para as vezes em que ficamos até tarde, e quando saímos muito cedo. Para Coltrane e Springsteen, e as maneiras como nos machucamos. Para o estalo da tela da porta das crianças do bairro, e as risadas de olhos arregalados quando os fogos de artifício começam.
Isso é para Elliot que não conseguia mais suportar. Para Jennifer que nos vendeu cigarros na loja de bebidas da esquina. Para Grace da exposição de arte que está passando pelo pior divórcio, e para Brady que está comprando roteiros no ventre de Nova York.
Isso é para todos nós, ainda aqui na escuridão. Ainda sonhando nas margens, e ainda dando nossos corações. E a estrada aberta que nos seduz como um encontro não escrito. Para as lições que ensina, e o Getsemani que é.